Campanha pela Redução da Jornada de Trabalho
2004 - Campanha pela Redução da Jornada de Trabalho sem Redução dos Salários
O aumento do desemprego nos últimos anos e, sobretudo, seu caráter
estrutural observado em diversos países indicam a necessidade de
medidas para enfrentar as perversas conseqüências sociais, econômicas e
políticas desse fato. A redução da jornada de trabalho sem redução de
salários pode ser um dos meios para preservar empregos e criar novos
postos de trabalho de qualidade. No Brasil não é diferente. Se, por uma
lado, muitas pessoas estão desempregadas, de outro, grande parte das
que estão empregadas trabalham longas jornadas. Para tentar mudar esta
situação, as centrais sindicais brasileiras decidiram unificar sua ação
em uma Campanha pela redução da jornada de trabalho sem redução dos
salários.
A idéia desta campanha surgiu em 2001 no Fórum Social Mundial, em Porto Alegre, e foi lançada, já de forma unificada, em sessão solene realizada em 15 de março de 2004, na Assembléia Legislativa de São Paulo. Comandada pelas seis centrais sindicais em atividade no país: CAT – Central Autônoma dos Trabalhadores; CGT – Confederação Geral dos Trabalhadores; CGTB – Central Geral dos Trabalhadores do Brasil; CUT – Central Única dos Trabalhadores; Força Sindical e SDS –Social Democracia Sindical e com apoio do DIEESE – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos, a campanha se propõe a lutar pela redução da jornada de trabalho como forma de gerar 2,8 milhões de novos postos de trabalho e, assim, contribuir para a redução do desemprego.